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Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025: 71,3% dos calouros optaram pela rede privada

O "Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025", elaborado pelo Instituto Semesp, revelou um dado que merece atenção de todos os gestores de instituições de ensino superior: 71,3% dos calouros de cursos presenciais em 2023 optaram pela rede privada. Este número reafirma a força das IES privadas no cenário nacional, mesmo diante dos desafios de evasão, financiamento e concorrência.


Neste artigo, respondo às principais dúvidas que esse dado pode gerar, com base nas evidências do estudo mais recente do setor, e proponho reflexões estratégicas para quem lidera instituições de ensino superior.


foto da entrada de uma universidade, mostrando muitos alunos entrando e saindo

O que significa esse número para o mercado?


O dado de que 71,3% dos calouros presenciais estão na rede privada, apresentado pelo “Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025”, mostra que, mesmo com crescimento da rede pública (+5,3% em ingressantes), a rede privada continua sendo o principal canal de entrada no ensino superior brasileiro.


A estabilidade do número de ingressantes nas IES privadas em 2023, mesmo com um crescimento mais tímido (1,4% no total), indica que essas instituições já ocupam um espaço consolidado e que novas estratégias são necessárias para expandir esse alcance ou, no mínimo, garantir sua manutenção em um cenário competitivo.


Como está a evolução dos ingressantes por modalidade?


Segundo o Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025, a modalidade EAD continua liderando no número total de calouros. Em 2023, 66,4% dos ingressantes estavam matriculados em cursos a distância, contra 33,6% no presencial.


A rede privada detém 97,4% das matrículas de calouros na EAD, um domínio quase absoluto que evidencia seu protagonismo na democratização do ensino superior. Desde 2013, o número de calouros na EAD cresceu 543%, enquanto o crescimento no presencial foi bem mais modesto.


Qual é o perfil dos calouros segundo o Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025?


O estudo mostra transformações importantes no perfil dos ingressantes, com destaque para três tendências:


  • Idade: Na EAD, o grupo com mais de 60 anos cresceu 1215% entre 2013 e 2023. Já no presencial, foi o único grupo etário com crescimento (22%). Isso mostra um público mais diverso e com motivações distintas para ingressar no ensino superior.


  • Gênero: As mulheres seguem sendo maioria, representando 58,5% dos calouros.


  • Cor/raça: A autodeclaração de pretos e pardos cresce tanto na rede pública quanto na privada, indicando uma importante evolução na diversidade do ensino superior.


Como a concentração de calouros afeta o setor?


Um dos alertas do Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025 é a concentração de matrículas em poucas instituições. Apenas 3,5% das mantenedoras privadas concentram 69,4% das matrículas do país. Isso pressiona as IES de pequeno e médio porte a se especializarem, inovarem e encontrarem nichos próprios de atuação.


Quais áreas de cursos mais atraem os ingressantes?


O ranking dos cursos com maior número de ingressantes revela que áreas como Pedagogia, Administração, Psicologia, Sistemas de Informação e Enfermagem continuam liderando, tanto no presencial quanto na EAD.


Vale destacar que o curso de Pedagogia, especialmente na modalidade a distância, concentrou 648.627 ingressantes. Isso representa 13,8% do total da EAD, segundo o Semesp.


Há diferenças por região?


Sim. A distribuição de calouros por região também revela desigualdades e oportunidades:


  • Sudeste: concentra 4,3 milhões de matrículas, sendo 49,1% em EAD.

  • Nordeste: 2,1 milhões de matrículas, com 42,7% em EAD.

  • Sul: 57,4% das matrículas são EAD.

  • Centro-Oeste: 47,9% em EAD.

  • Norte: 51% das matrículas estão na EAD.


Esses dados mostram que o avanço da educação a distância vem ocorrendo em todo o país, ainda que com intensidades diferentes.


Como os dados sobre ingressantes impactam decisões estratégicas?


Ao analisar o “Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025”, gestores educacionais devem considerar pelo menos cinco direções estratégicas:


  1. Investir em tecnologia e suporte EAD – A hegemonia da rede privada na EAD exige investimentos constantes em plataformas, tutoria e experiência do aluno.


  2. Revisar políticas de permanência – A alta taxa de evasão, que em alguns cursos ultrapassa 60%, ainda é um desafio.


  3. Desenvolver produtos para novos públicos – O aumento de alunos com mais de 60 anos, por exemplo, pode inspirar programas específicos ou trilhas formativas flexíveis.


  4. Ajustar campanhas de captação – Com dados sobre perfil etário, gênero e modalidade preferida, é possível personalizar o marketing educacional.


  5. Explorar diferenciais de nicho – Em um mercado concentrado, destacar diferenciais locais, metodológicos ou curriculares é fundamental.


O que revela a baixa taxa de escolarização?


Mesmo com quase 10 milhões de alunos matriculados no ensino superior, a taxa de escolarização líquida — jovens de 18 a 24 anos que estão efetivamente no ensino superior — é de apenas 19,9%. Esse número está bem abaixo da meta do PNE, que era de 33% até 2024.


Esse dado é um lembrete claro: há um universo ainda não atendido e que deve ser foco das políticas de acesso, permanência e financiamento.


O financiamento estudantil acompanhou esse crescimento?


Infelizmente, não. O acesso ao ensino superior por meio do FIES ou de financiamentos próprios das IES não acompanhou a expansão dos ingressantes. Os dados do Semesp mostram estabilidade nos percentuais de calouros beneficiados, o que reforça a urgência de revisões nas políticas públicas de financiamento.


frase escrita "reduza os custos operacionais, enquanto reduzimos sua inadimplencia - - principia"

O que o futuro reserva, segundo o Ingressantes Mapa do Ensino Superior 2025?


O futuro aponta para um cenário em que a EAD deve ultrapassar o presencial definitivamente. O crescimento pode estar desacelerando, mas a expansão da rede privada na modalidade é robusta. Com maior inclusão de perfis diversos e novos formatos híbridos de aprendizagem, o papel das IES será o de oferecer flexibilidade com qualidade.


Conclusão: como transformar dados em ação?


A presença maciça da rede privada entre os calouros confirma sua centralidade no acesso à educação superior. Mas esse protagonismo exige responsabilidade, inovação e estratégia.


Para gestores, os caminhos mais promissores passam por:


  • Uso intensivo de dados;

  • Investimento em retenção e experiência do aluno;

  • Adaptação constante aos perfis emergentes;

  • Criação de produtos educacionais mais acessíveis e flexíveis.


A educação superior no Brasil está em movimento. A pergunta é: sua instituição está acompanhando esse ritmo?

 
 
 

1 Comment


capitalis
May 19

eu ENTREI NUMA FURADA! QUERO CANCELAR E NÃO POSSO! ALEXANDRE DE MORAES CHEGOU NO PRINCIPIA PAY EDUCAÇÃO achei que tava comprando um curso, não, eu comprei o FINANCIAMENTO DO CURSO. então o "curso", q na verdade é o "FINANCIAMENTO" ele vai até 2026! E eu só tenho SETE DIAS PRA CANCELAR! o Principia Pay diz que TEM que pagar TUDO , NÃO DÁ PRA CENCELAR! GENTE, CUIDADO, NÃO CONTRATEM PRINCIPIA PAY EDUCAÇÃO.

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