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Pessoas, Inteligência Artificial e Tecnologia na Gestão Financeira Educacional

escrita gráfica com a frase "COO PRINCIPIA - Diogo Fonseca", na lateral uma foto pequena de Diogo Fonseca sorrindo

A palavra "inovador" tem sido usada com frequência nas instituições de ensino superior (IES), especialmente quando o assunto é gestão financeira. Mas, na prática, como alinhar pessoas, tecnologia e inteligência artificial (IA) em um cenário cada vez mais competitivo? Neste post, vamos abordar essa questão de forma direta, usando uma abordagem em perguntas e respostas, com dados reais de mercado e boas práticas para o uso da tecnologia na gestão financeira educacional.


Por que a tecnologia na gestão financeira educacional é essencial hoje?


Simples: porque o setor educacional vive um momento de transformação acelerada. Dados do Censo da Educação Superior (Inep, 2022) mostram que mais de 40% das matrículas hoje são no ensino a distância (EAD). Isso representa um novo perfil de aluno e novas exigências para as IES, inclusive na gestão financeira.


Segundo a Hoper Educação, 62% das instituições brasileiras de ensino superior relatam dificuldades em manter a saúde financeira estável. Neste cenário, o uso inteligente da tecnologia não é apenas um diferencial: é uma necessidade estratégica.


O que dizem os especialistas sobre essa relação entre pessoas, tecnologia e IA?


No webinar "Pessoas, Tecnologia e Inteligência na Gestão Financeira das IES", promovido pela Meeting Educacional, Diogo Fonseca, COO da Principia, explicou: a tecnologia na gestão financeira educacional precisa estar a serviço da estratégia, não substituí-la.


Como alinhar pessoas e tecnologia de forma eficiente?


Começa com uma mudança de cultura interna. A tecnologia sozinha não resolve. É preciso que as equipes estejam preparadas para usá-la com foco nos objetivos da instituição.

Isso inclui:


  • Treinar equipes para uso de ERPs educacionais e CRMs integrados;

  • Estabelecer fluxos automatizados de cobrança e comunicação com alunos inadimplentes;

  • Utilizar BI (Business Intelligence) para identificar padrões de evasão e inadimplência;

  • Trabalhar com dados preditivos e IA para antever riscos e oportunidades.


A Inteligência Artificial substitui o atendimento humano?


Não. E nem deve. Como bem afirmou Diogo Fonseca:


Pensando na recuperação de crédito, por exemplo, é necessário entender quanto a inteligência artificial compensa… ela permite reduzir os custos, mas o resultado que ela entrega é equivalente a um tratamento ou atendimento humano?

A resposta mais honesta é: depende. Às vezes sim, às vezes não. O ideal é unir as duas abordagens: deixar a IA cuidar da base (classificação, previsão, automatização) e manter o humano onde a empatia e a negociação são decisivas.


Quais são os principais usos da tecnologia na gestão financeira educacional?


A lista é grande, mas os mais relevantes hoje são:


  • Análise de inadimplência em tempo real;

  • Negociação automatizada com alunos inadimplentes via bots e e-mails inteligentes;

  • Uso de IA para prever risco de evasão com base em comportamento de pagamentos;

  • Integração de dados financeiros com dados acadêmicos para criar dashboards de gestão integrada;

  • Plataformas de billing automatizado com meios de pagamento flexíveis e recorrentes.


frase gráfica escrito "parceria de verdade é assumir o risco para você ir além. Principia"

Como a tecnologia ajuda na escalabilidade e redução de custos?


Esse é um dos principais ganhos. Com a adoção de sistemas de IA e inovação tecnológica, é possível padronizar processos, sistemas, e acelerar execuções, escalando assim os resultados com menos esforço de time.


Diogo reforça:


Utilizar a tecnologia como ferramenta para facilitar as execuções, especialmente para reduzir custos quando se trata do crescimento e escalabilidade de empresas.

Ou seja, para crescer, é preciso padronizar e automatizar processos onde for possível. E isso só é viável com tecnologia.


A tecnologia pode ser personalizada para cada IES?


Sim, até certo ponto. Diogo destaca:


Cada IES tem sua característica, e por isso as soluções e tecnologias precisam ser o máximo possível customizadas, mas isso tem um limite imposto pelas ferramentas de tecnologia, é ai que entra o atendimento humano.

O limite está na escalabilidade. Sistemas altamente personalizados custam caro, demoram para implementar e são difíceis de manter. O melhor caminho é buscar tecnologias flexíveis, com opções de customização dentro de padrões sustentáveis.


E quanto à segurança dos dados financeiros?


Fundamental. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que todas as IES adotem políticas claras de proteção de dados. Qualquer solução de tecnologia na gestão financeira educacional precisa garantir:


  • Criptografia de dados;

  • Controle de acesso por perfil de usuário;

  • Registro de logs de alterações e acessos;

  • Backup seguro e auditoria.


Qual o papel da cultura de dados nesse processo?


A tecnologia por si só é um meio. Para que ela funcione bem, é preciso que as pessoas da instituição adotem uma cultura orientada por dados. Isso significa:


  • Tomar decisões com base em métricas claras;

  • Medir indicadores financeiros como inadimplência, CAC, LTV, ROI;

  • Realizar reuniões periódicas com base em dashboards e relatórios atualizados.


Conclusão: qual é o "match perfeito"?


O "match perfeito", como disse Diogo Fonseca, é a junção entre pessoas e tecnologia:


Temos percebido que o ideal é a junção entre IA e ser humano, até porque as IAs são ferramentas de constante aprendizado que precisam do ser humano para continuarem a se desenvolver.

A tecnologia na gestão financeira educacional deve ser vista como um aliado estratégico das pessoas. A sensibilidade humana ainda é essencial, especialmente em um setor que lida com sonhos, trajetórias e projetos de vida.


Se você é gestor de uma IES, o caminho é claro: invista em soluções tecnológicas, sim. Mas invista também em pessoas capacitadas para usar essas ferramentas com inteligência, empatia e foco em resultados.

 
 
 

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